Paraná começa nas rádios campanha de combate à violência contra a mulher 01/03/2016 - 12:00

A secretária estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, e a vice-governadora Cida Borghetti participaram nesta terça-feira (01), em Curitiba, do lançamento da campanha de combate à violência contra as mulheres, intitulada “Chega de Violência”.

Emissoras de rádio de todo o Estado vão transmitir boletins, entrevistas e informativos sobre o tema todas as semanas. A ação foi articulada pelo Governo do Estado com a Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp) e a organização não governamental Mais Marias. A ação deu início aos eventos de comemoração do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março.

Para a secretária Fernanda Richa, a campanha reforçará o trabalho desenvolvido pelo Governo do Estado que busca garantir os direitos das mulheres, principalmente as que vivem em situação de risco e vulnerabilidade social. “Esta campanha será mais um canal para orientar e conscientizar as pessoas que a violência contra a mulher é crime e deve ser denunciada”, disse.

A vice-governadora adiantou que vai levar a sugestão da campanha à Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) em Brasília. "A informação é decisiva nesse momento, é preciso dar um basta na violência contra as mulheres para termos paz nos lares e nas famílias brasileiras", afirmou.

PLANO ESTADUAL - Fernanda reforçou que desde 2014, o Governo do Estado possui o Plano Estadual de Políticas para as Mulheres. Para atender as mulheres que moram nas áreas rurais, o governo colocou em operação, em 2015, duas unidades móveis que percorrem o Estado levando informações sobre os serviços de assistência, psicologia e direito; registro de denúncias; orientação sobre os direitos da mulher em situação de violência e esclarecimentos sobre a Lei Maria da Penha.
O programa Família Paranaense também tem a mulher como prioridade. Desde que foi lançado, em 2012, atendeu mais de 213 mil famílias nos 399 municípios do Estado.

Na área da saúde, o Mãe Paranaense, programa da Secretaria de Estado da Saúde, atende em média 150 mil gestantes por ano. O trabalho diminuiu a mortalidade materno-infantil e é referência no país. As ações integradas de diversas secretarias e órgãos já têm apresentado resultados. Em 2015, o Paraná saiu da 3ª colocação no Mapa da Violência contra a mulher para ocupar a 19ª posição no ranking.

CAMPANHA - A Aerp disponibilizará boletins informativos, matérias e entrevistas sobre violência doméstica e familiar contra a mulher para as mais de 300 rádios filiadas em todo o Estado.“Estamos dando um passo na colaboração e conscientização da população para denunciar e contribuir para que a violência contra a mulher acabe em nossa sociedade”, afirmou o diretor da Aerp, Michel Michelotto, que representou o presidente da Associação, Alexandre Barros.

Para a presidente da ONG Mais Marias, Maria Letícia Fagundes, o compartilhamento de informações sobre o tema pelas rádios do estado dará um grande visibilidade à causa. Ela explicou que a violência contra a mulher não se limita a agressões físicas ou sexuais, há violência psicológica, moral, patrimonial e outras.

“Começamos nosso trabalho em Curitiba e depois fomos para a região metropolitana com palestras, agora estamos indo para o Paraná inteiro. Isso nos anima para continuar nosso trabalho de conscientização e informação”.

LIGUE 180 - A Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República, divulgou dados nacionais sobre violência contra as mulheres que mostram que 38,72% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente.
Em 67,36% dos relatos, as violências foram cometidas por homens com quem as vítimas tinham ou já tiveram algum vínculo afetivo. Já em cerca de 27% dos casos, o agressor era um familiar, amigo, vizinho ou conhecido.

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